A indústria automobilística levou 20 anos para incorporar esse conceito. Como se sabe, Demming começou trabalhando com as empresas japonesas. Hoje o tema não é a qualidade.
A qualidade já está dada. O tema é a inovação: fazer da inovação uma profunda competência da empresa. Montar um canal de inovação leva poucos meses.
No entanto, obter a capacitação e repeti-lo ano após ano exige um compromisso sustentado com a capacitação e com o ativismo. É preciso investir no capital imaginativo, que enfatize tanto a inovação como o gradualismo; assegurar-se de que o processo de gestão não mate, inadvertidamente, a inovação, e garantir que a inovação seja um dos valores da empresa.
Olhe o mundo como um reservatório de capacidades e habilidades interessantes, e pergunte-se quais se aplicam ao seu negócio. Esse é o capital de relacionamentos.
Os tres capitais que geram riqueza:
Os capitais comuns nas empresas -estrutural, financeiro e intelectual- não criam riqueza nova. Eis os capitais que fazem isso: Capital imaginativo - Consiste em desafiar sistematicamente as verdades do mercado, realizando o impensado. Capital de risco - Significa estar disposto a investir em coisas novas, correndo riscos. Capital de relacionamentos - Significa ver as outras pessoas e empresas como donas de habilidades que podem ser usadas em seu negócio.
Qualidades das pessoas e organizações:
Para desenvolver um negócio capaz de sobreviver neste mundo descontínuo, há três qualidades -das pessoas e das organizações- fundamentais: - Organizações cheias de criatividade. - Pessoas cheias de coragem para experimentar coisas novas, assumir riscos pessoais e ir a lugares aos quais não tenham ido antes. - Conexões. Todos os profissionais e empresas precisam ter acesso a toda a economia globalizada, para aprender onde for possível aprender e tomar emprestado o melhor que se encontrar.
Texto extraido de um artigo de Gary Hamel - presidente da firma de consultoria Strategos, sediada em São Francisco, Califórnia, EUA.