Cuidado com o " Nós" : plural do "Eu Omisso"


Eis algumas interpretações para o título acima:


- Cachorro com mais de um dono morre de fome;

- Quando quiser que um projeto fracasse, nomeie uma comissão sem definir o responsável pela coordenação;

- O famoso “deixa que eu deixo” do jogo de vôlei, quando a bola cai no solo ao alcance de dois jogadores, só porque ambos ficaram esperando que o outro fosse defender;

Este é mais um dos fenômenos do mundo corporativo que provoca a perda de prazos, queda no moral da equipe e, em decorrência, prejuízos diversos.

As possíveis soluções para este problema seriam a adoção de algumas das seguintes medidas:

- Definir sempre quem é o DONO responsável pela coordenação dos esforços e pela prestação de contas junto a instâncias superioras;

- Estabelecer claramente as atribuições de um coordenador do projeto;

- Evitar que, numa reunião, os participantes se escondam atrás de frases de efeito do tipo “nós deveríamos fazer isto ou aquilo”... (pela simples razão que NÓS acabamos por fazer NADA);

- Procurar EXPLICITAR o IMPLÍCITO de modo a deixar bem claro as intenções por trás de uma afirmação, pois as pessoas que recebem uma atribuição podem tirar conclusões equivocadas quando as premissas de um raciocínio forem omitidas;

- Ao exercer o papel de autoridade inerente a uma posição hierárquica, estimular os membros de sua equipe através do EMPOWERMENT de modo que possam tomar iniciativas para solucionar problemas, utilizando seu PODER PESSOAL, sem ficar esperando AUTORIZAÇÃO SUPERIOR, caso a atividade esteja dentro de suas competências e dispuser das condições necessárias para tal decisão.

Concluindo, transcrevo uma história (cuja autoria eu desconheço) de quatro personagens frequentemente encontrados nas organizações:

TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM E NINGUÉM

Havia um importante trabalho a ser feito e

Todo Mundo tinha certeza de que Alguém o faria.

Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez.

Alguém se zangou porque era um trabalho de

Todo Mundo.

Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo,

mas Ninguém imaginou que

Todo Mundo deixasse de fazê-lo.

Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando

Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito.

Fonte: Américo Marques Ferreira é Consultor Sênior do Instituto MVC, Autor dos programas e-learning em Team Building e Gestão da Mudança.

Instituto MVC