Pela primeira vez, o Brasil será sede da Conferência Anual da Rede WWF (World Wildlife Fund), que será realizada de 5 a 9 de maio, em Foz do Iguaçu (PR).
Presente em mais de 100 países e com cinco milhões de associados distribuídos em cinco continentes, a Rede WWF se consolidou como a maior organização ambientalista no mundo.
A Conferência irá reunir a liderança do WWF para discutir as diretrizes estratégicas globais da instituição, tendo como base os desafios socioeconômicos e ambientais.
A Conferência irá reunir a liderança do WWF para discutir as diretrizes estratégicas globais da instituição, tendo como base os desafios socioeconômicos e ambientais.
Neste ano, o tema que irá orientar as discussões será "Alimentos, Água e Energia para Todos".
“Vivemos como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição. Utilizamos 50% mais recursos do que o planeta Terra pode produzir de forma sustentável.
“Vivemos como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição. Utilizamos 50% mais recursos do que o planeta Terra pode produzir de forma sustentável.
Até 2030, nem mesmo dois planetas serão suficientes. Mas temos, sim, capacidade para criar um futuro próspero que forneça alimentos, água e energia para todos somente se governos, empresas, organizações e cidadãos assumirem as responsabilidades por esse desafio.
O local da Conferência Anual do WWF foi escolhido por abrigar um dos maiores patrimônios naturais da humanidade, as Cataratas do Iguaçu, e por estar em um dos biomas mais ricos e ameaçados no mundo, a Mata Atlântica.
Uma visão integrada do uso desses recursos é de extrema urgência e relevância”, alerta Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF no Brasil.
Segundo o relatório Planeta Vivo do WWF, a produção de alimentos aumentou 45% nos últimos 20 anos.
Segundo o relatório Planeta Vivo do WWF, a produção de alimentos aumentou 45% nos últimos 20 anos.
Até 2030, a demanda mundial por energia primária e por água crescerá 26% e 53%, respectivamente.
Esse aumento na demanda impactará a produção de alimentos, que consome um terço da energia primária e 70% da água disponível no planeta, por exemplo.
O local da Conferência Anual do WWF foi escolhido por abrigar um dos maiores patrimônios naturais da humanidade, as Cataratas do Iguaçu, e por estar em um dos biomas mais ricos e ameaçados no mundo, a Mata Atlântica.
Hoje, restam apenas 11,7% do bioma em seu estado natural e 60% dos animais ameaçados de extinção do país dependem desse ambiente para sobreviver.
Parte da demanda crescente de produção agrícola pode ser reduzida por meio de um conjunto de ações que visam melhorar o acesso aos alimentos, reduzir o desperdício e excesso de consumo e, ao mesmo tempo, proteger os recursos naturais e a agrobiodiversidade.
Água para pessoas e para o planeta
O Fórum Econômico Mundial (2012) indicou que a indisponibilidade de água é um dos três principais riscos para o crescimento econômico no futuro.
Para atingir as necessidades de água e ao mesmo tempo manter os serviços que ecossistemas de água doce fornecem para a saúde, estabilidade e desenvolvimento de comunidades humanas, o consumo deve ser gerenciado de forma integrada em todos os setores.
As soluções necessárias para combater este desafio global são conhecidas.
O papel que os sistemas naturais desempenham deve ser valorizado de forma consciente, e protegidos por políticas públicas relevantes, por práticas diárias dos governos, do setor privado e também dos cidadãos.
Acesso à energia, fontes renováveis e maior eficiência
Atualmente, uma em cada cinco pessoas no planeta não tem acesso à energia elétrica confiável para serviços essenciais.
Quase 3 bilhões de pessoas ainda dependem de biomassa local e carvão mineral para cozinhar, enquanto a fumaça tóxica produzida por fogões ineficientes causam até 4 milhões de mortes prematuras de pessoas vivendo em situação de pobreza por ano.
As áreas do Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil, e do Parque Nacional Iguazú, na Argentina, chegam a 244 mil hectares protegidos de Mata Atlântica e abrigam mais de 250 espécies de árvores, estima-se que mais de 550 espécies de aves, 120 de mamíferos, 79 de répteis e 55 de anfíbios possam ser encontradas lá.
Entre os participantes do evento, estarão: Yolanda Kakabadse, presidente do conselho do WWF Internacional; Marco Lambertini, novo diretor-geral do WWF Internacional; André Hoffman, vice-presidente do conselho do WWF Internacional; Philippe Prufer, presidente do conselho do WWF-Brasil; e Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF-Brasil.
Na manhã do dia 6, terça-feira, Bráulio Dias, secretário executivo do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) da ONU; Marcos Jank, diretor global de Relações Governamentais da Brasil Food; e Mara Mourão, diretora, roteirista e fundadora da produtora Mamo Filmes, irão trazer suas visões sobre o tema da conferência, Alimentos, Água e Energia para Todos. No total, serão cerca de 100 convidados e mais de 200 participantes.
Desafios para um mundo sustentável:
Durante o encontro, um dos assuntos debatidos será a posição do WWF em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um dos produtos resultantes da Rio +20 e que deverá entrar em vigor até 2015.
Entre os participantes do evento, estarão: Yolanda Kakabadse, presidente do conselho do WWF Internacional; Marco Lambertini, novo diretor-geral do WWF Internacional; André Hoffman, vice-presidente do conselho do WWF Internacional; Philippe Prufer, presidente do conselho do WWF-Brasil; e Maria Cecília Wey de Brito, CEO do WWF-Brasil.
Na manhã do dia 6, terça-feira, Bráulio Dias, secretário executivo do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) da ONU; Marcos Jank, diretor global de Relações Governamentais da Brasil Food; e Mara Mourão, diretora, roteirista e fundadora da produtora Mamo Filmes, irão trazer suas visões sobre o tema da conferência, Alimentos, Água e Energia para Todos. No total, serão cerca de 100 convidados e mais de 200 participantes.
Desafios para um mundo sustentável:
Durante o encontro, um dos assuntos debatidos será a posição do WWF em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um dos produtos resultantes da Rio +20 e que deverá entrar em vigor até 2015.
A Rede WWF acompanha esse debate de perto para chamar atenção para a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental.
A biodiversidade e ecossistemas saudáveis são a base para a produção de alimentos, o abastecimento de água e energia, a geração de empregos e garantem a saúde e bem-estar da sociedade e a estabilidade social.
Os ecossistemas florestais, por exemplo, proporcionam abrigo, alimentos, meios de vida, água e segurança para 1,6 bilhões de pessoas, geram 60 milhões de empregos diretos e contribuem US$ 720 bilhões para a economia global.
Segurança alimentar e produção sustentável de alimentos
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura projeta que, se continuarmos adotando os mesmos padrões de consumo e produção, será necessário um aumento de pelo menos 60% na produção agrícola nas próximas décadas.
Segurança alimentar e produção sustentável de alimentos
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura projeta que, se continuarmos adotando os mesmos padrões de consumo e produção, será necessário um aumento de pelo menos 60% na produção agrícola nas próximas décadas.
Fatores como as mudanças climáticas, escassez de água e um aumento da erosão do solo poderão limitar o aumento de produção agrícola, e qualquer déficit será sentido prioritariamente pelas populações mais vulneráveis.
Água para pessoas e para o planeta
O Fórum Econômico Mundial (2012) indicou que a indisponibilidade de água é um dos três principais riscos para o crescimento econômico no futuro.
Para atingir as necessidades de água e ao mesmo tempo manter os serviços que ecossistemas de água doce fornecem para a saúde, estabilidade e desenvolvimento de comunidades humanas, o consumo deve ser gerenciado de forma integrada em todos os setores.
As soluções necessárias para combater este desafio global são conhecidas.
O papel que os sistemas naturais desempenham deve ser valorizado de forma consciente, e protegidos por políticas públicas relevantes, por práticas diárias dos governos, do setor privado e também dos cidadãos.
Acesso à energia, fontes renováveis e maior eficiência
Atualmente, uma em cada cinco pessoas no planeta não tem acesso à energia elétrica confiável para serviços essenciais.
Quase 3 bilhões de pessoas ainda dependem de biomassa local e carvão mineral para cozinhar, enquanto a fumaça tóxica produzida por fogões ineficientes causam até 4 milhões de mortes prematuras de pessoas vivendo em situação de pobreza por ano.
Acabar com a pobreza energética é crucial. Ao mesmo tempo, o modo atual de produção e consumo de energia no planeta é insustentável: as fontes de combustíveis fósseis são as principais causas das mudanças climáticas.
Além disso, a dependência desses combustíveis deixa países vulneráveis a preços voláteis, levanta questões de segurança nacional e leva a prejuízos para a saúde e infraestrutura causados pela poluição do ar. Podemos fazer uma mudança coletiva para trilhar um caminho rumo à energia sustentável.
Enviado por : Carolina Bellei
Enviado por : Carolina Bellei