Açaí, cupuaçu, castanha-do-Brasil, guaraná e as delícias preparadas com essas frutas já conquistaram o Brasil e algumas partes do mundo.
Mas ainda há muitas outras frutas saborosas e nutritivas, como buriti, cubiu, bacuri, mapati (uva da Amazônia), camu-camu (fruta com maior teor de vitamina C já analisada), araçá-boi, pupunha e tucumã que possuem alto valor agregado.
As pessoas poderão conhecer as cores e sabores do açaí-do-Amazonas (Euterpe precatoria Mart.), açaí-do-Pará (Euterpe oleracea Mart.), araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh), Bacuri-de-espinho (Garcinia madruno (Kunth) Hammel), bacuri-do-igapó (Garcinia brasiliensis Mart.), biribá (Rollinia mucosa (Jacq.) Baill.), cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal), ingá-açu (Inga cinnamomea Spruce ex Benth.), ingá-cipó (Inga edulis var. edulis Mart.), Jatobá (Hymenaea courbaril L.), Jenipapo (Genipa americana L.), mari-mari (Cassia leiandra Benth.), sorvinha (Couma utilis (Mart.) Müll. Arg.), maracujá-do-mato (Passiflora nitida Kunth) e tucumã (Astrocaryum aculeatum G. Mey.).
“Além desses, também têm os frutos industrializados, que são aqueles beneficiados pelas indústrias alimentícias, de bebidas, fitoterápicos e cosméticos”, disse Rabelo, que é autor do livro Frutos Nativos da Amazônia comercializados nas feiras de Manaus-AM, no qual descreve 38 frutos comercializados em dez feiras da capital amazonense.
Na floresta amazônica existem aproximadamente 250 espécies com frutos comestíveis, entre fruteiras nativas e palmeiras.
As pessoas poderão conhecer as cores e sabores do açaí-do-Amazonas (Euterpe precatoria Mart.), açaí-do-Pará (Euterpe oleracea Mart.), araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh), Bacuri-de-espinho (Garcinia madruno (Kunth) Hammel), bacuri-do-igapó (Garcinia brasiliensis Mart.), biribá (Rollinia mucosa (Jacq.) Baill.), cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal), ingá-açu (Inga cinnamomea Spruce ex Benth.), ingá-cipó (Inga edulis var. edulis Mart.), Jatobá (Hymenaea courbaril L.), Jenipapo (Genipa americana L.), mari-mari (Cassia leiandra Benth.), sorvinha (Couma utilis (Mart.) Müll. Arg.), maracujá-do-mato (Passiflora nitida Kunth) e tucumã (Astrocaryum aculeatum G. Mey.).
“Além desses, também têm os frutos industrializados, que são aqueles beneficiados pelas indústrias alimentícias, de bebidas, fitoterápicos e cosméticos”, disse Rabelo, que é autor do livro Frutos Nativos da Amazônia comercializados nas feiras de Manaus-AM, no qual descreve 38 frutos comercializados em dez feiras da capital amazonense.
Na floresta amazônica existem aproximadamente 250 espécies com frutos comestíveis, entre fruteiras nativas e palmeiras.
As frutas são uma aliada importante quando se trata de alimentação saudável, sendo ricas em vitaminas, sais minerais, gorduras do bem e outros nutrientes que contribuem para o bom funcionamento do corpo.
Nos últimos anos, restaurantes e bares maiores passaram a incorporar os alimentos regionais e nativos nos cardápios, como peixes (tambaqui, pirarucu), ervas, temperos (pimenta murupi, jambu) e frutos (açaí, castanha-do-Brasil, cupuaçu, tucumã, banana pacovã, araçá-boi, bacuri).
Esses últimos ganham cada vez mais mercado nas empresas de chocolates, em forma de geleias, trufas, bombons, panetones e licores, por exemplo.
Além do desconhecimento das potencialidades agroindustriais e gastronômicas de certos frutos nativos, empresários do setor de alimentos e bebidas afirmam que têm problemas quando se trata de escala de produção, de encontrar produtos dentro dos padrões de higiene (tucumã minimamente processado ou em lascas) e de preço. Há dificuldade de acessar diretamente o produtor.
De acordo com a vice-presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AM), Lilian Guedes, após o sorteio das seleções que virão jogar em Manaus na Copa (Inglaterra X Itália, Camarões X Croácia, Estados Unidos X Portugal, Honduras e Suíça), o setor ficou mais animado, porém, para os grupos de pacotes oficiais que visitarão a cidade não há muitas perspectivas para se incluir o cardápio regional, além do trivial.
Incentivo :
Como centro de excelência no estudo da biodiversidade, dos ecossistemas amazônicos e um dos mais importantes centros de pesquisas de biologia tropical do planeta, o Inpa trabalha desde a década de 1980 várias pesquisas utilizando frutos nativos.
“Porém, para que as pessoas possam consumir os frutos nativos é necessário primeiro conhecer”, disse Rabelo.
Mercado :
No premiado restaurante de Manaus, Banzeiro cozinha amazônica, os frutos nativos campeões de venda são a banana pacovã – servida em vários pratos quentes (salgados) e em sobremesas - e o cupuaçu, apreciado principalmente em forma de geleia com a pimenta murupi.
Mas outros frutos também constam no cardápio, como castanha-do-Brasil, taperebá, graviola, açaí e tucumã (versão farofa e sorvete).
“Em breve, colocarei no cardápio cubiu, bacuri e pupunha. Mas como esses ingredientes são sazonais, é preciso respeitá-los e ter somente na temporada, até porque temos problema de fornecimento de produtos regionais”, disse o chef do Banzeiro, Felipe Schaedler, catarinense radicado no Amazonas que já ganhou vários prêmios pela Veja Manaus como melhor restaurante (2011, 2012, 2013) e chef do ano (2011, 2012, 2013).
No Careiro (a 88 quilômetros de Manaus), a agroindústria Cupuama trabalha com cerca de 100 toneladas de polpas de 17 frutas por ano – entre elas abacaxi, araçá-boi, açaí, acerola, bacuri, camu-camu e cubiu – e cerca de 50t de semente de cupuaçu.
3. Quais os gargalos para a produção dessas frutas?
- São vários, como falta de conhecimento das frutas regionais. Difusão entre os municípios do estado; domínio das práticas culturais e manejo do cultivo adequado das frutas regionais; controle das perdas pós-colheita, garantindo a qualidade do produto e conservando seus aspectos fisiológicos e seu sabor.
Além do desconhecimento das potencialidades agroindustriais e gastronômicas de certos frutos nativos, empresários do setor de alimentos e bebidas afirmam que têm problemas quando se trata de escala de produção, de encontrar produtos dentro dos padrões de higiene (tucumã minimamente processado ou em lascas) e de preço. Há dificuldade de acessar diretamente o produtor.
De acordo com a vice-presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AM), Lilian Guedes, após o sorteio das seleções que virão jogar em Manaus na Copa (Inglaterra X Itália, Camarões X Croácia, Estados Unidos X Portugal, Honduras e Suíça), o setor ficou mais animado, porém, para os grupos de pacotes oficiais que visitarão a cidade não há muitas perspectivas para se incluir o cardápio regional, além do trivial.
“O turista estrangeiro até prova o regional, mas muitos têm medo de comer”, revelou.
Muitos frutos amazônicos substituem facilmente em valores nutricionais as frutas exóticas (que não são originárias da região).
Muitos frutos amazônicos substituem facilmente em valores nutricionais as frutas exóticas (que não são originárias da região).
“O cubiu em termos nutricionais corresponde à maçã, mas em termos de sabor e preparações substitui o tomate, podendo ser usado assado juntamente ao peixe.
Já açaí e mapati correspondem à uva roxa ou preta, pois tem antocianina”, explicou a pesquisadora do Inpa, a nutricionista Dionísia Nagahama.
Incentivo :
Como centro de excelência no estudo da biodiversidade, dos ecossistemas amazônicos e um dos mais importantes centros de pesquisas de biologia tropical do planeta, o Inpa trabalha desde a década de 1980 várias pesquisas utilizando frutos nativos.
Os estudos vão da área da botânica, passando pelos aspectos agronômicos, nutricionais, medicinais e econômicos até o desenvolvimento de produtos.
Entre os produtos e processos patenteados pelo Inpa está “um mix a base de pupunha e bacuri”, como a pupurola (a granola de pupunha), bebida fermentada de pupunha, sabonete sólido e sabonete líquido à base de óleo de pupunha e buriti, creme antioxidante à base de óleo de pupunha, emulsão evanescente à base de óleo de punha e buriti e a farinha integral de pupunha.
Entre os produtos e processos patenteados pelo Inpa está “um mix a base de pupunha e bacuri”, como a pupurola (a granola de pupunha), bebida fermentada de pupunha, sabonete sólido e sabonete líquido à base de óleo de pupunha e buriti, creme antioxidante à base de óleo de pupunha, emulsão evanescente à base de óleo de punha e buriti e a farinha integral de pupunha.
Parte das tecnologias de produtos e processos patenteados pelo Inpa é transferida para empresas de base tecnológica incubadas pelo próprio Instituto, gerando negócios inovadores que têm como base o desenvolvimento sustentável.
Esse é o caso da farinha integral de pupunha desenvolvida pela equipe científica da pesquisadora Jerusa de Souza Andrade e com tecnologia transferida em 2011 para Nectar Frutos da Amazônia, uma das sete empresas incubadas pelo Inpa.
Esse é o caso da farinha integral de pupunha desenvolvida pela equipe científica da pesquisadora Jerusa de Souza Andrade e com tecnologia transferida em 2011 para Nectar Frutos da Amazônia, uma das sete empresas incubadas pelo Inpa.
A expectativa é lançar o produto (rico em vitamina A e que serve tanto como suplemento nutricional quanto ingredientes para receitas culinárias) para o mercado em fevereiro.
De acordo com a coordenadora de extensão tecnológica do Inpa, Rosângela Bentes, o Inpa vem trabalhando para estimular e fomentar a inovação em seus diversos aspectos, seja na identificação de projetos internos, por demandas tecnológicas provenientes do mercado para solucionar questões pontuais de empresa e indústria, seja no estímulo à criação de empresas para desenvolvimento do produto e novos negócios tecnológico.
De acordo com a coordenadora de extensão tecnológica do Inpa, Rosângela Bentes, o Inpa vem trabalhando para estimular e fomentar a inovação em seus diversos aspectos, seja na identificação de projetos internos, por demandas tecnológicas provenientes do mercado para solucionar questões pontuais de empresa e indústria, seja no estímulo à criação de empresas para desenvolvimento do produto e novos negócios tecnológico.
“Estamos buscando, assim, promover a transferência de tecnologia para as empresas fazendo a interface da Instituição com a iniciativa privada e esta com a sociedade”, destacou.
Atualmente o Inpa possui 69 pedidos de patente, 115 produtos e processos registrados. A essência das tecnologias do Instituto é basicamente de processo (27%), produto (27%) e produto e processo (25%).
Os resultados dessas pesquisas também podem ser encontrados em formas de banners, folders, cartilhas e livros, além dos eventos. Esses materiais estão disponíveis no Inpa consultas.
“Porém, para que as pessoas possam consumir os frutos nativos é necessário primeiro conhecer”, disse Rabelo.
Mercado :
No premiado restaurante de Manaus, Banzeiro cozinha amazônica, os frutos nativos campeões de venda são a banana pacovã – servida em vários pratos quentes (salgados) e em sobremesas - e o cupuaçu, apreciado principalmente em forma de geleia com a pimenta murupi.
Mas outros frutos também constam no cardápio, como castanha-do-Brasil, taperebá, graviola, açaí e tucumã (versão farofa e sorvete).
“Em breve, colocarei no cardápio cubiu, bacuri e pupunha. Mas como esses ingredientes são sazonais, é preciso respeitá-los e ter somente na temporada, até porque temos problema de fornecimento de produtos regionais”, disse o chef do Banzeiro, Felipe Schaedler, catarinense radicado no Amazonas que já ganhou vários prêmios pela Veja Manaus como melhor restaurante (2011, 2012, 2013) e chef do ano (2011, 2012, 2013).
No Careiro (a 88 quilômetros de Manaus), a agroindústria Cupuama trabalha com cerca de 100 toneladas de polpas de 17 frutas por ano – entre elas abacaxi, araçá-boi, açaí, acerola, bacuri, camu-camu e cubiu – e cerca de 50t de semente de cupuaçu.
As amêndoas são aproveitadas de diversas formas para elaboração de óleo e manteiga para indústria de cosméticos, ração animal (peixe e carneiro), chocolate em pó (Cupulate) e chocolate em barra (Cupumax), em fase de elaboração com expectativa de ser lançado até a Copa.
Para a utilização do camu-camu e a produção do ingrediente para a ração de peixe, a empresa contou com o apoio do Inpa.
Por três anos, a Cupuama exportou camu-camu (rico em aminoácidos, flavonóides e principalmente vitamina C) para uma indústria alimentícia do Japão, porém com a crise financeira mundial de 2008/2009 o fornecimento cessou.
Por três anos, a Cupuama exportou camu-camu (rico em aminoácidos, flavonóides e principalmente vitamina C) para uma indústria alimentícia do Japão, porém com a crise financeira mundial de 2008/2009 o fornecimento cessou.
“A população está consumindo muito mais frutas regionais seja como alimento seja como cosméticos, mas é preciso melhorar a produção. Nós não crescemos mais porque temos esse limitador”, ressaltou a empresária Fátima Sales.
Três perguntas para a SEPROR:
Tatiana Schor, economista e Secretária Executiva Adjunta de Planejamento.
1. Como o governo do Estado tem trabalhado para estimular o consumo dos frutos amazônicos tanto pela população local quanto pelos visitantes e turistas?
- O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), cria alternativas via concessão de fomento, fornecimento de infraestrutura, prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) aos produtores rurais do Estado.
Três perguntas para a SEPROR:
Tatiana Schor, economista e Secretária Executiva Adjunta de Planejamento.
1. Como o governo do Estado tem trabalhado para estimular o consumo dos frutos amazônicos tanto pela população local quanto pelos visitantes e turistas?
- O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), cria alternativas via concessão de fomento, fornecimento de infraestrutura, prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) aos produtores rurais do Estado.
Há ainda o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que tem como objetivo a compra de alimentos produzidos por agricultores familiares e sua pronta disponibilização para doação a entidades da rede de promoção e proteção social, assumido importante papel na promoção da segurança alimentar do público por essa atendido.
Não há um trabalho específico para a Copa, mas ações citadas anteriormente contemplam a cadeia de produção de frutos amazônicos.
2. Além do açaí e cupuaçu que já são bem conhecidos, a Sepror investe e/ou até aposta na produção de outros frutos regionais com potenciais econômicos? Quais?
- A Sepror, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está implantando o Programa Estratégico de Transferência de Tecnologias para o Setor Rural (PRO-RURAL), pelo qual está difundido para 4.500 unidades produtivas de frutas cultivadas e de aproveitamento extrativo de frutas para garantir o fornecimento de matéria prima para as agroindústrias instaladas no Estado do Amazonas, em especial as de cacau, cupuaçu, açaí, guaraná e abacaxi, nos municípios: Itacoatiara, Careiro da Várzea, Presidente Figueiredo, Codajás, Novo Aripuanã e Lábrea. Para atender a cultura de cacau, serão priorizados os municípios de Coari, Tabatinga, Apuí, Parintins, Urucurituba e Envira.
2. Além do açaí e cupuaçu que já são bem conhecidos, a Sepror investe e/ou até aposta na produção de outros frutos regionais com potenciais econômicos? Quais?
- A Sepror, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), está implantando o Programa Estratégico de Transferência de Tecnologias para o Setor Rural (PRO-RURAL), pelo qual está difundido para 4.500 unidades produtivas de frutas cultivadas e de aproveitamento extrativo de frutas para garantir o fornecimento de matéria prima para as agroindústrias instaladas no Estado do Amazonas, em especial as de cacau, cupuaçu, açaí, guaraná e abacaxi, nos municípios: Itacoatiara, Careiro da Várzea, Presidente Figueiredo, Codajás, Novo Aripuanã e Lábrea. Para atender a cultura de cacau, serão priorizados os municípios de Coari, Tabatinga, Apuí, Parintins, Urucurituba e Envira.
3. Quais os gargalos para a produção dessas frutas?
- São vários, como falta de conhecimento das frutas regionais. Difusão entre os municípios do estado; domínio das práticas culturais e manejo do cultivo adequado das frutas regionais; controle das perdas pós-colheita, garantindo a qualidade do produto e conservando seus aspectos fisiológicos e seu sabor.
Várias tecnologias podem ser utilizadas, as quais devem ser iniciadas no campo, se estendendo para as etapas seguintes; aplicabilidade dos resultados de pesquisas desenvolvidas nas instituições de pesquisas; o comércio mundial de alimentos frescos é fortemente condicionado por diversos mecanismos de regulação fitossanitária.
No estado não há controle dos defensivos agrícolas utilizados; esforço de marketing para divulgar as frutas amazônicas. Exemplo é o açaí.
No entanto, mesmo com todos esses gargalos, a Sepror está implantando o Programa Estratégico de Transferência de Tecnologias para o Setor Rural (PRO-RURAL), como já citado anteriormente, para minimizar alguns desses pontos.
Enviado por : Josiane Santos / Foto : Afonso Rabelo
Enviado por : Josiane Santos / Foto : Afonso Rabelo