Nasce mais um filhote de harpia na Itaipu Binacional


A família de harpias do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), mantido pela Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), ganhou um novo integrante. O filhote é macho e nasceu no dia 12 com pouco mais de 70 gramas. Desde então, cresce rápido. Na sexta-feira (23/1), estava com quase 200 gramas. 

A pequena ave de rapina é filha do casal de harpias mais antigo do Criadouro de Animais Silvestres da Itaipu Binacional (Casib). O casal foi formado em 2005 e teve os primeiros filhotes gerados com sucesso em 2009.

De lá para cá, já são 16 as aves que nasceram e sobreviveram no local. É o maior programa de reprodução de harpias em cativeiro da região Sul do País.

No total, o plantel conta hoje com 21 aves, entre filhotes e adultos. O biólogo Marcos José de Oliveira, da Divisão de Áreas Protegidas (MARP.CD), disse que o novo integrante da família de harpias da Itaipu está em perfeitas condições de saúde.

“Ele está comendo bem, se desenvolvendo bem. Tem crescido de 10 a 15 gramas por dia”, comentou. Ele explicou que no primeiro mês o filhote é mantido em uma incubadora, para que aos poucos se acostume com a temperatura ambiente. Neste período, a ave só sai do local para se alimentar – eram seis refeições diárias logo que nasceu, e agora são quatro.

“A expectativa é que, no final de um mês de vida, quando começa o empenamento, ele saia da incubadora e seja transferido para um viveiro”, completou.

Novos casais além do casal mais antigo, outros dois casais foram formados no refúgio, aumentando a expectativa por novos filhotes.

A fêmea de um desses casais, com cinco anos de idade, nasceu no próprio RBV – ou seja, logo chegará a segunda geração de harpias de Itaipu.

Um terceiro casal é formado por harpias adultas trazidas do Espírito Santo, há pouco mais de um ano. Neste mês de janeiro, a fêmea desse casal fez duas posturas – dias 11 e 17.

Em março, será possível saber se os ovos são férteis ou não, ou seja, se novos filhotes estão a caminho. Sobre a harpia A harpia é um dos maiores, o mais pesado e o mais forte gavião do mundo.

Adulto, pode alcançar dez quilos e dois metros e meio de envergadura. O talão, como é chamada a unha da ave, mede até 9 centímetros, equivalente à unha de um urso pardo.

A espécie habitava uma ampla região que ia do Sul do México ao norte da Argentina, compreendendo todo o atual território brasileiro. No entanto, o desaparecimento das florestas fez reduzir a população dessas aves – que precisam de áreas de mata contínua para sobreviver.

Hoje, no Brasil, a harpia só é encontrada em abundância na região do bioma amazônico, além de poucos registros no que restou da Mata Atlântica. Há poucos registros no Paraná.



Enviado por : Itaipu Binacional