Panamá abriga arquipélago paradisíaco


Localizado no Caribe Panamenho, Guna Yala é um arquipélago com 365 ilhas que proporcionam visuais de tirar o fôlego, aliados a riqueza cultural dos índios locais

Coqueiros, areia branca e águas cristalinas. Este é o cenário encontrado por quem decide conhecer o arquipélago de Guna Yala, na região conhecida como o Caribe Panamenho. De Caribe, porém, somente o visual. Esta Comarca indígena do Panamá ainda é pouco visitada pelo homem, ao menos por aqueles preparados para dormir longe do luxo, mas próximos do paraíso.

Com ilhas que têm sido formadas ao longo dos anos pelo acúmulo de corais, seu oceano de diferentes profundidades e infinitos tons de azul turquesa é ideal para os amantes do mergulho com snorkel.

Antigamente, a Comarca recebia o nome de San Blas, até 1982, quando passou a ser chamada de Guna Yala. A parte de terra firme tem uma superfície de 3,220 km2, aproximadamente. 


A esta superfície tem que se agregar a área marítima, que inclui os recifes, os escolhos, as ilhas e as áreas de pesca. Somando todas estas áreas, a Comarca tem uma superfície total de mais de 5, 400 km2.

Em Guna Yala não há lojas, apenas algumas barracas na praia, onde os índios vendem seus artesanatos. Nas principais cidades (onde os turistas não ficam hospedados), existem pequenas mercearias onde é possível comprar alimentos, bebidas, jornais e outros produtos de necessidades básicas. Não existem caixas eletrônicos em Guna Yala, então é preciso levar dinheiro.

Nos chalés, os hóspedes podem comprar bebidas, chocolates, batatas fritas e também algumas frutas. Em cada alojamento os índios cozinham para os convidados. Peixes, lagostas e caranguejos frescos são servidos acompanhados de arroz e salada.

Muito importante: é obrigatório levar o passaporte para Guna Yala.

                        

- Vale a visita:

- Cayos Holandeses :

Um dos recifes mais impressionantes em Guna Yala são os Cayos Holandeses, um dos lugares preferidos por aqueles que desejam fazer snorkel e nadar junto à grande variedade de peixes. Existem ilhas próximas, onde os visitantes podem acampar. Até a primeira ilha dos Cayos holandeses são 2 horas de viagem em barco com motor de popa, enquanto você desfruta de uma paisagem maravilhosa. Desde a primeira até a última ilha são aproximadamente 45 minutos de deslocamento. A Ilha Galubir, que significa ilha dos espíritos é a maior nesta área.

- Ilha Aguja:

É sem dúvida uma das ilhas que merecem destaque em razão da cor de seu mar, que pode variar de turquesa, azul, até chegar ao branco. Lá existem tanques de reserva de água doce, duchas, eletricidade a base de energia solar e restaurantes com os melhores frutos do mar.

- Acomodações :

Não há muita infra-estrutura nas ilhas de Guna Yala e talvez este seja o seu encanto. Lá, tudo é gerido pelos índios e as acomodações são simples, com cabanas na praia. Abaixo, listamos algumas acomodações mais conhecidas

- Como chegar:

Se a sua ideia é ir até o arquipélago de avião, deve-se partir do Aeroporto Marcos A. Gelabert em Albrook. Esta viagem tem uma duração de aproximadamente 35 minutos.

Para os que preferem se aventurar de carro, o trajeto dura cerca de três horas e deverá ser realizado em veículo 4X4, saindo da cidade de Panamá. Deve-se pegar a estrada Pan americana em direção a província de Darién. 

Ao chegar à comunidade chamada El Llano, vire a esquerda em direção ao norte para subir a cordilheira e depois descer até chegar ao Mar do Caribe. Lá, os Gunas estarão esperando com seus barcos para levá-los as diferentes ilhas.


- Riqueza Cultural:

A pesca, o turismo, a agricultura de subsistência e a confecção de molas (desenhos em tecidos) são as principais atividades dos chamados Gunas. Os índios Gunas são conhecidos por sua arte decorativa das molas, muito brilhantes e coloridas e frequentemente são usadas como roupa pelas mulheres.

Antes dos missionários converterem os indígenas ao cristianismo, a maioria se vestia com roupa típica ou pintando os seus corpos utilizando desenhos coloridos.

Quando chegaram os colonizadores, muitos indígenas começaram a trocar as suas vestimentas, pela roupa trazida pelos missionários, abandonando muitos de seus desenhos de pintura corporal.

Os Gunas adoravam um Deus chamado Erragon. Muitos deles foram expulsos para fora do Panamá, durante a colonização espanhola, e outros foram em seus barcos para outras ilhas dos arredores. O chefe de todas a ilhas vive em uma ilha chamada Acuadup, que significa Ilha Roca (Rocha).

Os Gunas são caçadores e pescadores por natureza. A maioria dos homens fala espanhol e as mulheres são as que cuidam mais de suas tradições.




Fonte: Nelson Lourenço